quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O que é zero absoluto?



per-124-zero-absoluto O que é zero absoluto?
É a menor temperatura que qualquer coisa pode atingir no universo.
Qualquer átomo ou molécula que chegar a zero da escala Kelvin (0K ou -273,15 °C) ficaria imóvel. Mas isso não passa de uma teoria, já que não foi possível atingir a temperatura nem mesmo em laboratório – o recorde de aproximação está em 0,000000000001K.
Em experiências, cientistas alemães e norte-americanos descobriram que em baixas temperaturas um corpo pode passar por três efeitos colaterais: a supercondutividade, a superfluidez e a condensação de Bose-Einstein. Como supercondutor, ele cria um campo magnético que seria capaz de levitar um imã.
Já a superfluidez, com a ausência de resistência mecânica, permitiria que um líquido subisse pelas paredes de um copo. A última teoria, a de Bose-Einstein, é a de que o comportamento da matéria muda radicalmente – um corpo composto de diversas partículas agiria como um condensado, ou seja, como um único átomo gigante.
  • A tese da condensação foi proposta por einstein em 1925, que deu continuidade ao trabalho do físico indiano Satyendra Nath Bose.
  • Bobinas do Colisor de Hádrons (lHC) chegam a 1,9K (-271 °C ) em resfriamento

Associações de resistores



Em muitos casos podem-se ligar vários resistores num circuito elétrico que por sua vez podem ser substituídos por apenas um resistor. O resistor que substitui os vários resistores associados, sem que a corrente elétrica do circuito seja alterada, é denominado resistor equivalente.

Associação em série






A associação em série é caracterizada por ter os resistores ligados um em seguida do outro de modo que a corrente em cada um seja a mesma.



Características da associação série

1- Todos os resistores são ligados um em seguida ao outro.

2- A intensidade total da corrente elétrica i é a mesma em todos os resistores:
i = i1 = i2 = i3

3- A tensão total (U), na associação, é igual à soma das tensões em cada resistor.
U = U1 + U2 + U3

4- A resistência equivalente (Req) é igual à soma das resistências parciais.
Req = R1 + R2 + R3

De fato, se U = U1 + U2 + U3, em que U = Req . i 

Assim:
   U    =      U1    +    U2    +    U3  


Req . i  =  R1 . i  +  R2 . i  +  R3 . i

como i = i1 = i2 = i3, então:

Req = R1 + R2 + R3


Exercício resolvido

Dois resistores são associados em série conforme o esquema a seguir.

Determine:
a) a resistência equivalente da associação
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a tensão elétrica em cada resistor.

Resolução

a) Como a associação dos resistores é em série, tem-se:
Req = R1 + R2
Req = 2 + 3
Req = 5 W

b) A corrente elétrica total que percorre os resistores é dada por:
U = Req . i
20 = 5 . i
i = 4 A

c) No resistor R1 tem-se:
U1 = R1 . i1
U1 = 2 . 4
U1 = 8 V

No resistor R2 tem-se:
U2 = R2 . i2
U2 = 3 . 4
U2 = 12 V


Associação em paralelo


A associação em paralelo é caracterizada por ter os resistores ligados pelos seus terminais, em que, todos possuem uma extremidade ligada em A e a outra extremidade ligada em B.



Características da associação série

1- Os resistores são associados pelos seus terminais.

2- A tensão total U de toda a associação (entre A e B) é a mesma para todos os resistores:
U = U1 = U2 = U3

3- A corrente total i é a soma das correntes parciais:
i = i1 + i2 + i3


4- O inverso da resistência equivalente (Req) é igual à soma dos inversos das resistências parciais.


De fato, se i = i1 + i2 + i3, em que i = U/R


Caso particular:

Para dois resistores em paralelo:


Para n resistores iguais:

Exercícios resolvidos

1. Qual a resistência equivalente da associação a seguir?


1º. Processo:



2º. Processo

R1 com R2



2. Dois resistores são associados em série conforme o esquema a seguir.

Determine:
a) a resistência equivalente da associação;
b) a intensidade da corrente elétrica em cada resistor;
c) a intensidade da corrente elétrica total.

Resolução

a) Como a associação dos resistores é em paralelo, tem-se:



b) A tensão elétrica em cada resistor é igual à tensão elétrica total de 12 V.

No resistor R1:
U1 = R1 . i1
12 = 2 . i1
i1 = 6 A

No resistor R2 :
U2 = R2 . i2
12 = 3 . i2
i2 = 4 A

No resistor R3 :
U3 = R3 . i3
12 = 6 . i3
i3 = 2 A

c) A intensidade da corrente elétrica total é igual a soma das correntes elétricas parciais:
i = i1 + i2 + i3
i = 6 + 4 + 2
i = 12 A


Associação Mista

Quando os resistores são associados em série e em paralelo num mesmo circuito, denomina-se associação mista de resistores.
Para chegar ao resistor equivalente, deve-se resolver as associações por partes. Para isso vai-se substituindo cada associação parcial (série ou paralelo), por um único resistor reduzindo aos poucos o esquema da associação.


Exercícios resolvidos

Nos casos abaixo, calcule a resistência equivalente entre os pontos A e B.

a)






Existem casos nos quais os circuitos são mais complexos e é difícil observar as associações existentes e determinar o resistor equivalente. O melhor a fazer é refazer o circuito.
Procede-se da seguinte forma:

1º. – Marcar com uma letra diferente, cada um dos nós da associação (nó – encontro de 3 ou mais fios), lembrando que os pontos unidos por fio ideal estão em curto circuito e devem receber a mesma letra.
2º. – Refazer o circuito, iniciando pelo maior caminho encontrado desde o ponto inicial até o ponto final.

Exemplo:

1.
Marcam-se os nós e colocando letras nos mesmos:

Refaz-se o circuito:



Resolve a associação em paralelo entre A e C:

Resolve a associação em série no ramo ACB:

Resolve a associação em paralelo:

Resistor equivalente:




Curto circuito (CC)

Verifica-se que ao associar resistores em paralelo, a corrente elétrica é mais intensa no ramo de menor resistência.

Ao associar em paralelo um fio sem resistência, observa-se que toda corrente do circuito passará por este ramo enquanto que os outros resistores não serão percorridos por corrente elétrica. Neste caso, diz-se que os resistores estão em curto circuito e não funcionam.




Isto ocorre, pois com a ligação do condutor de resistência desprezível, os potenciais elétricos dos pontos A e B passam a ser iguais, então UAB = 0.
Assim, o circuito se comporta como se os resistores não existissem.


Exercícios resolvidos

1. Determine, entre os pontos P e Q, a resistência equivalente da associação.


Marcam-se os nós e colocam-se letras nos mesmos.




O ramo sinalizado, está em curto circuito pois possui as extremidades com a mesma letra. Então, pode-se cancelá-los.





Exercícios de calorimetria

Exercícios de calorimetria

1) (FUVEST) Um ser humano adulto e saudável consome, em média, uma potência de 120J/s. Uma “caloria alimentar” (1kcal) corresponde, aproximadamente, a 4,0 x 103J. Para nos mantermos saudáveis, quantas “calorias alimentares” devemos utilizar, por dia, a partir dos alimentos que ingerimos?  

a) 33
b) 120
c) 2,6x103 
d) 4,0 x103
e) 4,8 x105       

Resposta


P = Q / t   , onde Q está em Joules (J) e t em segundos.

Se um ser humano consome 120 J em 1 segundo, quanto ele consumirá em 86400 segundos ( 1 dia).

120J -----------1s
X-----------86400s

Multiplicando cruzado, temos:

X = 120 . 86400

X = 10368000 J

Agora temos que passar isto para kcal, ou seja, outra regra de três:

1kcal----------------- 4,0 x 103J
Y-----------------------------10368000J

Y = 10368000 / 4,0 x 103J

Y = 2592 kcal

Colocando em notação científica:

Y = 2,6x 10kcal. Letra C

2) (MACKENZIE) Uma fonte calorífica fornece calor continuamente, à razão de 150 cal/s, a uma determinada massa de água. Se a temperatura da água aumenta de 20ºC para 60ºC em 4 minutos, sendo o calor especifico sensível da água 1,0 cal/gºC, pode-se concluir que a massa de água aquecida, em gramas, é:  

a) 500
b) 600
c) 700
d) 800
e) 900       

Resposta

P = Q/t
A potência é dada e vale 150cal/s, o tempo também é dado e vale 240s, e o Q é o calor sensível, ou seja Q = mc(T-T0), logo substituindo:

P = mc(T-T0)/t

m = P.t/ c(T-T0)

m = 150.240/1,0.(60-20)

m = 900g   Letra e

3) (UFPR) Durante o eclipse, em uma das cidades na zona de totalidade, Criciúma-SC, ocorreu uma queda  de temperatura de 8,0ºC. (Zero Horas – 04/11/1994) Sabendo que o calor específico sensível da água é 1,0 cal/gºC, a quantidade de calor liberada por 1000g de água, ao reduzir sua temperatura de 8,0ºC, em cal, é:  

a) 8,0
b) 125
c) 4000
d) 8000
e) 64000      

Resposta

Q = mc(T-T0)

A temperatura cai 8,0°C, ou seja, T - T= 8,0°C

Q = 1000.1.8

Q = 8000 cal


5) (UFSE) A tabela abaixo apresenta a massa m de cinco objetos de metal, com seus respectivos calores específicos sensíveis c

METAL
c(cal/gºC)
m(g)
Alumínio
0,217
100
Ferro
0,113
200
Cobre
0,093
300
Prata
0,056
400
Chumbo
0,031
500

O objeto que tem maior capacidade térmica é o de: 

a) alumínio
b) ferro
c) chumbo
d) prata
e) cobre     

Resposta

Bem, a quantidade de calor é calculada da seguinte forma:

Q = mc(T-T0),

 porém o fator "mc" é conhecido como capacidade calorífica do corpo, uma vez que é medido a quantitadade de calor, por variação de temperatura. Assim a equação fica:

Q = C (T-T0), onde C (maiúsculo é a capacidade térmica).

Assim: C = mc, logo calculando a Capacidade térmica para todos os elementos citados à cima, podemos distinguir aquele que tem a maior capacidade térmica:

Calumínio= 0,217 . 100 = 21,7 cal/°C
Cferro=0,113 . 200 = 22,6 cal/°C
CCobre= 0,093 . 300 = 27,9 cal/°C
CPrata= 0,056 . 400 = 22,4 cal/°C
Cchumbo = 0,031 . 500 = 15,5 cal/°C

Assim podemos ver que o maior valor de capacidade térmica é o Cobre, letra E.


6) (MACKENZIE) Um bloco de cobre (c = 0,094 cal/gºC) de 1,2kg é colocado num forno até atingir o equilíbrio térmico. Nessa situação, o bloco recebeu 12 972 cal. A variação da temperatura sofrida, na escala Fahrenheit, é de: 

a) 60ºF 
b) 115ºF  
c) 207ºF 
d) 239ºF
e) 347ºF  



Resposta

Q = mc(T-T0)

12 972 = 1200.0,094.(T-T0)
(T-T0) = 12972 / 112,8
(T-T0) = 115°C

Convertendo isso em Fahrenheit:

(C/5) = (F-32) / 9 

(115 / 5) = (F-32) / 9
F - 32 = 9. 23 
F = 207 + 32
F = 239 °F

Letra d



7) (MACKENZIE) Quando misturamos 1,0kg de água (calor específico sensível = 1,0cal/g°C) a 70° com 2,0kg de água a 10°C, obtemos 3,0kg de água a:  

      a) 10°C
      b) 20°C
      c) 30°C
      d) 40°C
      e) 50°C   

Resposta

Bem a quantidade de calor cedida pela água mais quente (à 70°C), será a mesma quantidade de calor recebida pela água mais fria (à 10°C), assim:

Q1 + Q2 = 0

Q1 = 1000.1,0(T - 70)
Q2 = 2000.1,0 (T - 10)
logo:

1000(T-70) + 2000(T-10) = 0
1000(T-70) = - 2000(T-10)
T - 70 = -2000(T-10)/1000
T - 70 = -2 (T-10)
T - 70 = -2T +20
T + 2 T = 20 + 70
3T = 90
T = 30°C
Letra C
Lembrar sempre em por a massa em gramas.

8 )  (PUCCAMP) Uma barra de cobre de massa 200g é retirada do interior de um forno, onde estava em equilíbrio térmico, e colocada dentro de um recipiente de capacidade térmica 46cal/°C que contém 200g de água a 20°C. A temperatura final de equilíbrio é de 25°C. A temperatura do forno, em °C, é aproximadamente igual a: Dado: CCu = 0,03 cal/g°C  
      

      Resposta


Utilizando a mesma lógica do exercício 5, resolveremos este, porém agora o recipiente participa da troca de calor, logo:

Q1 + Q2 + Q3 = 0

Q1 = 200.0,03 (25-T0)
Q2 = 46(25-20) =230 cal (uma vez que 46 é a capacidade térmica e não o calor específico)
Q3 = 200.1.(25-20) = 1000cal

Assim:


6(25-T0)+230+1000=0
150 - 6T= -1230
- 6T= - 1230 - 150
- 6T= -1380
T= -1380/(-6)
T= 230°C